quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fins Que Não Justificam Os Meios

Algumas circunstâncias me fazem pensar no porque de ter que esperar tanto tempo para realizar algo, tantos, dias, meses, anos... e com muitas esperanças sem motivos, até sem soluções a nosso ver.
É o serviço que não aparece, a solução que escapa, o amor que não chega, a nítida impressão de que o mundo gira e nós continuamos inertes e sem certezas. Cegos na grandeza do mundo.
Foi quando percebi quanta vaidade existe em todos os momentos, em todas as atitudes, em nós. Queremos o que não está na hora de vir. Queremos e  nos preocupamos o tempo todo em querer. Em querer sem evoluir...
Olhe para o tempo, olhe pelo lado científico dos acontecimentos. Parece estranho, mas a cura de moléstias dificilmente irreversíveis apareceram, a revelação de fórmulas matemáticas, milagrosas no mundo das finanças surgiram, assim como a descoberta de forças ocultas da natureza (só para falar de assuntos menos físicos). está achando tudo muito complexo? Estranho? Simples, olhe para VOCÊ, tem sempre algo que queremos muito e não temos.
Nesses tempos atrás, descobri que a única coisa que me fazia querer algo de extrema importância para mim e não ter, era minha preocupação infundada em não estar feliz verdadeiramente com as possibilidades atuais, se é impossível tal coisa no momento, não carece da gente procurar. Quando há compreensão, discernimento no coração, a modéstia não toma sentido de afetação, a humildade consigo mesmo o faz atencioso e brando. Você acorda para um novo conceito de como lutar, de como conquistar alguém ou alguma coisa, se torna menos ambicioso, convicto de que quando se acredita na JUSTIÇA DIVINA (em você mesmo, porque você é divino na imagem e semelhança), tudo mais lhe será dado por acréscimo.
A ideia de que os fins justificam os meios é erronea, está totalmente fora de cogitação!(susto:-O)
Quando você encontra recursos, sejam eles uma bela conversa, uma bela leitura, um "empurrão", ou uma busca por livre e espontânea vontade, você passa a compreender as limitações de certos entendimentos do que te cerca. Horizontes se abrem, generoso e franco, sem converter a vida em varinha mágica, e surgem os melhores caminhos para a solução de problemas.
Temos que acreditar e ter temperança para confiar que só o tempo e a vontade dão esse entendimento exato em sua preparação como pessoa dentro da sociedade, dentro do lar, no trabalho ou afeto de alguém. Só o tempo e a vontade para o entendimento das possibilidades que nos levam não até o que queremos, mas até o que "podemos receber".
Tudo tem seu TEMPO e LUGAR para que sejamos proveitosos, construtivos e edificantes.
Então descobri que as respostas para algumas perguntas não chegam por um belo motivo: somos seres curiosos com muita boa vontade, mas com muito pouco fôlego para colocar em prática todas as questões que podem nos levar aos resultados, as respostas.
Essa curiosidade superficial, já me levou a lei do menos esforço, e claro, a prejuízos por consequencia.
Adiar as respostas não tem nada a ver com omissão, nem com mentira. Tem a ver com DISCERNIMENTO.

Uma palavra bem intencionada, num momento inadequado, pode gerar efeitos contrários, podem gerar conflitos, desafetos tolos.

Eu preciso ter boa intenção e não excluir o instante psicológico, o momento em que está, o estado de espírito de alguém, ou o meu mesmo para que se fale ou escreva algo.
Ter o que se pode receber, é saber a hora e o momento oportuno de se transmitir essa ou aquela intenção. Quando falo em transmitir, entendam passar algo a alguém ainda que esse alguém seja nós mesmos. Ter o que se pode receber, é questão de maturidade espiritual.
É necessário viver o hoje com intensidade, respeito a nós e ao próximo, é necessário não acumular coisas, pensamentos, preocupações, respostas para o futuro perturbando nosso presente.
Agindo assim não nos tornamos curiosos e supostos sábios desapontados.